Hipertensão

Este material tem propósito informativo e não dispensa a necessidade de consulta a profissional qualificado e habilitado

No Brasil, aproximadamente um terço da população acima de 40 anos tem pressão alta. O valor exato que representa uma alteração depende de cada pessoa e suas características, mas existe certo consenso quanto a um corte de 140 x 90 mm Hg. Em indivíduos de maior risco como os diabéticos ou com insuficiência renal crônica esse limite é menor.

Há forte caráter genético, de forma que filhos de pais hipertensos devem ter maior cuidado com seus níveis pressóricos. Outros fatores de risco são a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, obesidade, diabetes, sedentarismo, apnéia do sono e estresse.

Como regra, a hipertensão não causa sintomas agudamente, mas em algumas pessoas uma alteração abrupta pode causar dor de cabeça, tontura, peso no corpo ou problemas mais graves como edema agudo do pulmão, infarto ou derrame.

Quando a pressão arterial sobe em indivíduos jovens (abaixo de 40 anos), é necessária investigação mais detalhada para descartar outros problemas que possam estar levando a essa alteração em fase mais precoce da vida.

Como a pressão alta é assintomática seu diagnóstico na maioria das vezes só é realizado se a pessoa tem sua pressão arterial medida.

Atualmente, essa é a classificação mais aceita:

  • Pressão Normal: Abaixo de 120/80 mmHg.
  • Pre-hipertensão: Quando a pressão arterial fica levemente acima do normal, em torno de 120X80 a 139×89 mmHg.
  • Estágio 1 ou Hipertensão Leve: 140×90 a 159 x99 mmHg.
  • Estágio 2 ou Hipertensão Moderada: 160×100 a 179×109mmHg
  • Estágio 3 ou Hipertensão Grave: Acima de 179×109 mmHg.
  • Hipertensão Arterial Sistólica: Maior que 140 (sistólica) e menor que 90 (diastólica)


Trata-se a hipertensão sempre com modificação do estilo de vida (dieta e atividade física equilibradas) e em muitos casos com a necessidade de medicamentos.

O controle e normalização do valor da pressão arterial não devem ser realizados abruptamente, sendo em geral necessário período de algumas semanas para a estabilização desses valores. Tenha pressa para iniciar o tratamento, mas a queda do nível de pressão arterial deve ter um ritmo adequado, e isso deve ser conversado em consulta com seu médico.

Os principais problemas que podem decorrer de pressão alta são: infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame), insuficiência cardíaca, insuficiência renal, comprometimento ou perda da visão e declínio cognitivo precoce.

Dessa forma, desde já, e mesmo antes da avaliação do médico é recomendável a modificação da alimentação priorizando legumes, verduras e frutas, limitando a ingesta de sal e alimentos muito calóricos. Além disso, deve-se avaliar a possibilidade de ingresso em prática esportiva / atividade física.